A saúde mental tem ganhado cada vez mais destaque, principalmente com a pandemia. Há diversas situações como depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome do pânico, entre outras, que podem levar inclusive ao suicídio se não houver tratamento adequado.
Atualmente Missal possui no seu quadro de servidores, duas psicólogas, Neusa Della Libera (CRP: 07362-5), que coordena a Saúde Mental no município, e Mônica Winter Possatto (CRP: 08/14381). Elas realizam atendimento clínico individual às crianças, adolescentes, adultos e idosos, através de encaminhamentos realizados por médicos, profissionais da saúde, Agentes Comunitárias de Saúde, Conselho Tutelar e Equipe escolar.
Atendimento
Estes atendimentos clínicos estão descentralizados. Ocorrem na Unidade do Portão Ocoí, Bairro Renascer, Dom Armando e Centro. Também são realizadas visitas domiciliares, encaminhamentos e orientações que se fazem necessárias.
A demanda inclui ainda casos do Ministério Público que solicita atendimentos a agressores, vítimas e outras violências domésticas. Estes casos são atendidos, e as psicólogas apresentam relatórios ao referido órgão. Neste ano foi implantado um importante convênio com o Recanto Parque Iguaçu, que permite internamento de usuários de drogas e álcool.
Psiquiatra
O município de Missal tem convênio com o psiquiatra Graciano E. Marassi (CRM: RQE 28395), que realiza 40 consultas mensais, normalmente, na primeira e terceira sexta-feira de cada mês. Este profissional é indicado para pacientes com transtornos emocionais que necessitam de medicação.
Desafio
A psicóloga Mônica aponta o preconceito ainda existente como um fator que impede que haja tratamento para determinadas situações. “É quase inacreditável que em pleno 2021 ainda encontramos falas carregadas de preconceito no sentido de ver a psicologia e a psiquiatria como uma ciência que trata loucos”, opina.
Interpretações como essa são presenciadas, inclusive, nos próprios consultórios. “A situação da pandemia também veio para auxiliar esse campo tão importante, que é a psicologia. Os sofrimentos emocionais tem sido vistos como passíveis de tratamento e controle”, compara.
A coordenadora da Saúde Mental em Missal, Neusa Della Libera, relata que há grande número de pacientes que fazem uso da medicação e atribuem ao medicamento as melhoras dos sintomas. “Entendemos que para haver uma melhora nos quadros clínicos dos pacientes, se faz necessário que o paciente acolha as orientações, entenda a doença e se interesse no sentido de contribuir para seu autoconhecimento e busca de uma melhor maneira de lidar com seus conflitos e inquietudes”, destaca Neusa.
No entanto, Mônica aponta que a necessidade da resolução de conflitos e de auto conhecimentos tem trazido cada vez mais pacientes para os consultórios. “Além de psicóloga, estou concluindo uma especialização em Tanatologia, que é o estudo do processo de luto e infelizmente, esse é um assunto que a pandemia tem trazido com força total. Precisamos entender que não precisamos viver em sofrimento. Que a vida precisa ser vivida intensamente e de forma mais sadia emocionalmente e fisicamente possível”, exclama Mônica.
A coordenadora Neusa aponta que a Saúde Mental exige um comprometimento do paciente, em muitos casos de seus familiares e grupos. “É importante salientar que muitos casos os pacientes apenas tomam as medicações, mas se esquivam de ajuda psicológica, mudanças de hábitos e atividades físicas, que entendemos que têm um papel fundamental neste contexto”, observa.
Quando procurar ajuda?
A procura por um profissional auxilia a prevenir situações graves. A população não precisa ter vergonha de procurar o atendimento psicológico, seja quando precisarem de apoio, esclarecimento ou mesmo acolhimento. “Não precisamos dar conta de tudo sozinhos o tempo todo”, pontua a psicóloga Mônica. “Todo mundo, pelo menos, uma vez na vida, deveria passar por um psicólogo”, sugere a profissional. “Precisamos encarar a ideia de que sim, podemos nos permitir ser cuidados e isso é extremamente importante”, avalia.
Atendimentos
Por se tratar de serviço público, há diversas situações que são atendidas pelas profissionais de psicologia. Desde casos depressivos, ansiosos, transtornos de personalidade, abusos sexuais e psicológicos, processos de enlutamento, dificuldades no desenvolvimento profissional, pessoal e conflitos conjugais.
“A psicologia é muito ampla e cada pessoa é ímpar. Não podemos colocar todas as pessoas em uma única caixinha e padronizar. O respeito ao paciente e a sua história tem que ser essencial, para o sucesso do tratamento”, detalha a psicóloga Mônica Winter Possatto.
“Precisamos olhar com mais carinho pra nossa própria vida. Enxergar que sim, merecemos ser cuidados e bem atendidos. Meu sonho de SUS é uma humanização no atendimento, o cuidado com a pessoa que nos procura, principalmente por nos procurar em momentos de máxima fragilidade”, finaliza Mônica.
Horários
Psicóloga Mônica
Terça-feira – Portão Ocoí (Manhã) e Dom Armando (Tarde)
Quarta-feira – Centro (dia todo)
Sexta-feira – Centro (Manhã)
Psicóloga Neusa
Terça-feira – Centro (dia todo)
Quinta-feira – Centro (dia todo)
Sexta-feira – Bairro Renascer (Manhã)
Manhã – 7h30 às 11h30
Tarde – 13h às 17h
PORTAL TERRA DAS ÁGUAS com informações da Assessoria