O primeiro tempo foi quase ele todo jogado na metade venezuelana do campo. A seleção vinotinto se fechou toda, com duas linhas defensivas – uma de cinco atletas e outra de quatro -, para diminuir os espaços do Brasil, que teve a posse da bola em mais de 70% do tempo. Na beira do campo, Tite pedia a todo instante para os brasileiros girarem a bola, com paciência, mas também se movimentarem. O que pouco aconteceu.
O Brasil até balançou as redes assim logo aos seis minutos, em jogada concluída pelo atacante Richarlison, mas a arbitragem marcou impedimento de Renan Lodi. Aos 32, agora em posição legal, Lodi cruzou pela esquerda, o atacante Gabriel Jesus desviou e Richarlison, de forma inacreditável, perdeu na pequena área. Foi a única chance real da Seleção nos 45 minutos iniciais.
Para tentar qualificar o passe e quebrar a marcação, Tite retornou para o segundo tempo com o meia Lucas Paquetá no lugar de Douglas Luiz e com Richarlison caindo pela direita, com Gabriel Jesus no meio do ataque. A equipe seguia insistindo em lançamentos e cruzamentos, ainda sem aquela movimentação esperada pelo técnico. Mas quando ela aconteceu, a rede balançou. Aos 22 minutos, Paquetá esticou a bola para Everton Ribeiro – que voltou do intervalo na esquerda, mas apareceu pela direita. O meia cruzou, a zaga afastou mal e Firmino aproveitou para marcar.
Com a vantagem no placar, o treinador mexeu no ataque, trocando Richarlison e Gabriel Jesus por Everton Cebolinha e Pedro. A última chance brasileira no duelo passou pelos pés do atacante do Flamengo, que brigou pela bola na meia-lua e rolou para Firmino bater colocado, aos 40 minutos, próximo à meta venezuelana.
A única oportunidade da Vinotinto foi uma cobrança de falta do meia Romulo Otero, já nos acréscimos, na intermediária. A batida do jogador do Corinthians, porém, resvalou na barreira, sem perigo à meta defendida por Ederson.