O homem que se dizia guia espiritual e é suspeito de abusar sexualmente de pelo menos seis mulheres foi preso, informou a Polícia Civil. A prisão dele havia sido decretada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). O homem é suspeito do crime violação sexual mediante fraude contra mulheres que o procuravam para tratamento espiritual nos fundos da casa dele, em Biguaçu, na Grande Florianópolis.
Os crimes teriam ocorrido em 2018 e 2019 . Segundo o depoimento das vítimas, o suposto mentor religioso utilizava uma solução, que aparentemente parecia ser uma mistura de cachaça com ervas, para massagear o corpo das vítimas. A prisão do suspeito ocorreu na noite de terça-feira (15).
INVESTIGAÇÃO
“Elas [vítimas] narram que ele falava que iria fazer uma lavagem espiritual, uma limpeza espiritual, mas que ele acabava se aproveitando, passando as mãos nelas e acariciando. Teve um caso inclusive que aconteceu com o marido de uma delas dentro da sala com os olhos fechados”, afirma a delegada responsável pelo caso, Marcela Goto.
Depois da prisão, outras três mulheres procuraram a Polícia Civil dizendo também terem sido vítimas. Em depoimento, o suspeito negou os crimes.
A justificativa do homem seria que, desta forma, conseguiria abrir os “chakras” [segundo estudos e práticas orientais, são centros energéticos que representam aspectos diferentes da nossa natureza corporal, mental, emocional e energética] das vítimas. Além de acariciá-las, segundo ainda o relato do TJSC, ele roubava beijos e tentava fazer sexo com as mulheres. Algumas teriam sido abusadas ao lado dos maridos, que estavam rezando de olhos fechados.
O guia espiritual também utilizava uma rede social de mensagens para assediar as mulheres. Ele pedia fotos e perguntava sobre intimidades.
A delegacia fez o inquérito policial, ouviu as vítimas e pediu a prisão do suspeito. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi favorável à medida, mas ela foi negada pela Justiça de 1º grau em Biguaçu. O MPSC então recorreu ao TJSC.
Com informação do G1/SC Foto | Reprodução