A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) e a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) emitiram uma nota em solidariedade a Raquel.
Um médico do hospital informou que a cirurgia pela qual a menina passava no início da manhã é complexa. Raquel teve as pernas esmagadas entre o poste e um carro alegórico da Em Cima da Hora, a poucos metros da saída da Marquês de Sapucaí. Ela recebeu o primeiro atendimento ainda no posto médico do Sambódromo e, em seguida, foi transferida para o hospital.
“Ela foi pra outra praça do outro lado. Quando a mãe olhou, ela não tava. Logo após, foi coisa de 5 minutos, já veio o irmão avisando que ela foi atropelada. O carro alegórico espremeu ela no poste. Ela estava bem encostada pra ver os carros passarem, então a gente não sabe se ainda [o que aconteceu direito]… Porque a rua tá bem movimentada, então a gente ainda não sabe. Tá tentando assimilar o que aconteceu”, contou Aline da Mota, amiga da família.
A Polícia Civil foi chamada e fez uma perícia no local do acidente, que durou quase duas horas. Investigadores vão tentar analisar as imagens de uma câmera de segurança que pode ter registrado o acidente. Outras duas que ficam na mesma região estavam desligadas.
Duas testemunhas e dois motoristas do guincho que levava o carro alegórico prestaram depoimento na delegacia do Sambódromo e foram liberados em seguida.
Algumas testemunhas contaram que a menina subiu no carro alegórico da Em cima da Hora, que estava parado na rua. E quando o veículo começou a ser empurrado, a menina sofreu o acidente. Já uma amiga da família disse que a menina estava apenas perto do carro.
Em nota, a escola de samba Em cima da hora disse que estava “apurando com a Liga o que aconteceu”. “No momento, não iremos dar nenhuma declaração”, disse a assessoria de imprensa.
O acidente atrasou por mais de uma hora os desfiles da Série Ouro na Sapucaí, entre a segunda (Acadêmicos do Cubango) e a terceira (Unidos da Ponte) escolas, como anunciado pelo locutor.
O motivo foi uma perícia da Polícia Civil, realizada no local do acidente. Um delegado, uma promotora de Justiça, policiais militares e representantes das escolas acompanharam a perícia, que durou quase duas horas.
Devido à interdição da via, não seria possível que outra escola entrasse na Sapucaí porque não haveria como escoar os integrantes após o desfile.
Integrantes da Unidos da Ponte chegaram a deitar no asfalto da concentração, na Avenida Presidente Vargas.