O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o padrasto da menina de 1 ano que teria sido encontrada desacordada em uma piscina em Joinville, no Norte do estado, em dezembro. Ele, que tem 20 anos, é suspeito de ter matado a bebê. Até a tarde da terça-feira (14), a Vara do Tribunal do Júri de Joinville analisava o documento do MPSC para decidir se aceita a denúncia.
O documento foi enviado ao Poder Judiciário na quinta (9). O advogado Adilson Corrêa, que defende Willian Kondlatsch de Morais, afirmou que ele não cometeu o crime. “Tudo está com base em suposições da Polícia Civil, o inquérito não apresentou nenhuma prova contundente”, disse. O suspeito seguia preso preventivamente até a tarde desta terça (14).
O MPSC não havia passado mais informações sobre a denúncia até a publicação desta notícia.
MORTE
A bebê foi encontrada desacordada em 20 de dezembro na piscina de uma casa vizinha à da família, após a mãe tê-la deixado com o padrasto para ir trabalhar. Ele foi preso no dia seguinte como suspeito do crime e, em depoimento à polícia, alegou que a criança se afogou.
Entretanto, de acordo com o delegado Wanderson Alves Joana, da Delegacia de Homicídios (DH), a possibilidade de afogamento foi descartada após a polícia receber o laudo preliminar emitido pelo legista do Instituto Geral de Perícias (IGP).
“[O laudo] descartou afogamento e relatou compressão direta das vias aéreas [respiratória], ou seja, alguém tapou as vias aéreas, mas não foi água, foi outra coisa. É uma asfixia, mas não por água. Compressão de vias aéreas não há outra hipótese se não for provocada por um terceiro. Com base nisso, e ouvindo algumas testemunhas, nós estamos convictos com a prática de feminicídio”, explicou.
A mãe da bebê foi assassinada a tiros na noite de 25 de dezembro. Maria Helena da Silva Francisco Neto estava na frente da própria casa, localizada no bairro Ulysses Guimarães, na Zona Sul do município, quando foi atingida. De acordo com a Polícia Civil, a jovem foi atingida na região do abdômen. Os policiais acreditam que houve um crime de execução.
Foto: Reprodução/NSC TV
Portal Terra das Águas Com informação do G1/SC