A movimentação é pequena na manhã de terça-feira (9) no Cmei (Centro Municipal de Educação Infantil) Professora Gracinda Rocha, no Bairro Interlagos, região Norte de Cascavel.
Os pais ficaram sabendo no fim de segunda-feira (8) que uma das crianças que frequenta a unidade – de dois anos e onze meses – foi amarrada por uma das educadoras. A alegação, é que a criança não parava quieta em sala de aula.
O fato indignou os pais que demonstram medo em deixar os filhos no Centro.
A mãe do pequeno que foi agredido pela educadora conta que : “Me senti inútil porque um coleguinha falou que ele chora e chama a mamãe e não estou aqui para protegê-lo. Me sinto uma péssima mãe. Se dependesse de mim eu coloca ele dentro de uma caixinha de vidro e cuidava em casa, mas ele tem direito a ensinamento como todas as crianças”. O menino necessita de cuidados especiais.
Ela afirma que deixou a criança no Cmei, pois imaginava que se algo de errado ocorresse, ela seria informada. “Se ninguém me conta, como eu iria buscá-lo, enforcado daqui uns dias? com um braço cortado”, desabafa.
Uma das mães que foi deixar o filho no Centro Educacional nesta manhã relata que a educadora apontada como a agressora permanece em sala de aula e não foi afastada como informou a Prefeitura em nota. Conforme a mãe, o fato teria acontecido outras vezes, mas desta vez, o caso teria passado de todos os limites.
“Pelo que eu sei não foi a primeira vez. No ano passado já aconteceram alguns episódios, esse ano aconteceram outros. Só que agora este acontecimento extrapolou todos os limites da lógica. Isso não deveria ter acontecido. Nada justifica você amarrar uma criança. Isto é tortura”, comentou.
Desta forma, a mãe e outros pais de alunos (que também comentaram que o caso teria acontecido), foram até a instituição para protestar.
“Pra apoiar e um pai já viu professor ‘soquiar’ outras crianças também, não é só o meu. E a gente acha que isto está extrapolando todos os limites. Eu acho que esta pessoa não tem preparação para lidar com criança, pois criança dá trabalho. Acho que a pessoa está na profissão errada.[…] As crianças comentaram que a ‘profe’ amarra o amiguinho com uma frauda de pano nas perninhas e o amiguinho chora e chama a mamãe”, contou a denunciante.
A Polícia Militar também foi chamada para acompanhar a situação, para que o fato fosse registrado.
Agora, a mãe pede por Justiça, pois não vê a mínima condição de uma professora seguir com as aulas, depois de uma situação desta.
“Espero que seja feita Justiça, pois isto a Diretora não poderia ter permitido. Desde que mudou a direção deste Cmei, esta instituição está indo cada vez mais para baixo. Está acontecendo cada coisa, uma pior do que a outra”, finalizou a mãe. Os pais foram orientados pela coordenação a não gravar entrevista com a imprensa.
Redação Catve.com