O governador do Paraná, Ratinho Junior, afirmou nesta sexta-feira (11) a vacinação contra o a Covid-19 no Paraná deve começar em março.
“Acreditamos que a partir de março deve ter volume suficiente para vacinar uma boa parte da população do Brasil, e se enquadra o nosso estado, para começar a atender as pessoas mais vulneráveis”, afirmou Ratinho Junior.
Ratinho afirmou que o cronograma segue o que foi definido pelo governo federal no Plano Nacional de Imunização (PNI), que prevê que profissionais de saúde e idosos sejam os primeiros a ser vacinados.
Segundo o governador, a data ainda depende das negociações que estão em andamento entre o governo federal e os laboratórios que estão desenvolvendo as vacinas, e as liberações da Anvisa para aplicação dos imunizantes.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prevê que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca tenha o registro aprovado pela Anvisa no fim de fevereiro.
Levando em consideração o uso emergencial das vacinas para profissionais de saúde, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, disse que estes trabalhadores no Paraná podem ser vacinados mais cedo, ainda no começo de fevereiro.
Compra de doses e insumos
O governador do Paraná afirmou que confia no fornecimento de doses pelo governo federal e que acredita que não será necessário usar os R$ 200 milhões previstos pela a Lei Orçamentária Anual de 2021 para a compra de imunizantes.
“Acredito que a condução do Ministério da Saúde de falar com vários laboratórios e conforme vai tendo essa fabricação mundial, de fornecimento, é provável que a gente não tenha a necessidade de fazer essa compra”, disse.
Ratinho Junior disse que se encontrou com representantes da vacina da Pfizer em outubro, mas não revelou detalhes sobre a reunião e nem se o estado vai comprar doses do imunizante que está sendo usado no Reino Unido.
De acordo com o governador, o estado tem se preparado para ter insumos suficientes para a aplicação das doses quando elas estiverem disponíveis.
O governo informou que o estado tem 11 milhões de seringas para usar na imunização e abriu registro de preço para adquirir outras 16 milhões de unidades.
O governo também informou que tem um processo licitatório de R$ 22 milhões em andamento para aquisição de equipamentos como máscaras, luvas, gorros, aventais e algodões.
Segundo o secretário Beto Preto, existem 1.850 salas de vacinação no Paraná, mas que este número pode ser ampliado caso seja necessário realizar a vacinação “extramuros”.
Câmaras frias
O plano estadual prevê a compra de câmaras frias para armazenamento das doses com recursos que devem ser repassados pelo Ministério da Saúde e a licitação está prevista para acontecer até março.
O estado precisa destes equipamentos porque o imunizante produzido pelos laboratórios Pfizer e BioNTech, por exemplo, que começou a ser aplicado no Reino Unido, precisam ficar a -70º. Já a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, tem que ser mantida entre 2º e 8º.
Segundo o plano estadual, há cerca de 50 câmaras frias previstas para serem entregues no estado nas próximas semanas, e freezers e equipamentos de ar condicionado já foram adquiridos.
Até fevereiro, o governo estadual prevê a aquisição de outras 110 câmaras frias para 98 municípios com até 100 mil habitantes.
Segundo o governo, estão em aberto processos para aquisição de contêineres e caminhões refrigerados para armazenamento e transporte das doses.
Fonte: G1